No
início do Seu ministério na Galileia, Jesus chama alguns pescadores para serem
Seus discípulos. Dirigindo-se a Pedro, diz: “Avança para águas mais profundas,
e lança as redes para a pesca” (Lc 5,4). Se Cristo se encontrasse com Pedro (ou
com qualquer um de nós cristãos) hoje, certamente diria algo ligeiramente
diferente. Algo como: “Avança para realidades mais profundas, lança-te às redes”. Se quisermos “ir
pelo mundo e fazer discípulos”, hoje, devemos lançar-nos às redes, devemos
mergulhar no ambiente predominante da sociedade contemporânea, que é o mundo
virtual, principalmente a Internet.
Para tal, no
entanto, é preciso repensar a própria estrutura e o modelo de Igreja atual. Daí
a necessidade de uma “cibereclesiologia”. Uma palavra difícil, mas com um
sentido muito simples, que deriva de três termos conhecidos de todos nós: logia, que traduz estudo; ekklesia, que significa Igreja; e ciber, uma derivação do prefixo inglês “cyber”, que exprime a noção de internet,
de virtual ou de comunicação em rede.
A cibereclesiologia é, portanto, o estudo sobre a Igreja no mundo
digital ou na “sociedade em rede”, o tempo e o espaço onde vivemos hoje,
segundo o sociólogo Manuel Castels. Este novo ambiente representa uma
verdadeira revolução social e antropológica e a cibereclesiologia surge para
auxiliar a Igreja a refletir e a estruturar-se neste contexto, a fim de melhor
realizar a sua missão de evangelizar, “lançando-se às redes”.
É um estudo teórico que procura ajudar a dar respostas às
inúmeras questões, ameaças e desafios impostos pelo novo ambiente digital. No
livro “Elementos para uma cibereclesiologia” aponto inúmeros aspectos
importantes nesta reflexão, que deve passar por dois caminhos primordiais: pensar
a ação de cada cristão individualmente, através do seu testemunho e modo de ser;
e pensar a ação da Igreja enquanto instituição.
Os desafios são inúmeros, tais como a crise das
instituições, da família, da noção de poder e de valores, o fim dos absolutismos
e do patriarcalismo, a grande miscelânea de Igrejas, seitas e filosofias. Ou
então, a nível estrutural, exigindo uma organização horizontal, em rede,
descentralizada, interativa, comunitária, com novos formatos e linguagens, etc.
Mas há certamente mais oportunidades do que ameaças no novo
ambiente digital. Mais oportunidades do que desafios, se partirmos dos
ensinamentos das primeiras comunidades e do Concílio Vaticano II. A Igreja tem
2000 anos de experiência e é “especialista em humanidade”, por isso tem muito a
contribuir e a crescer neste contexto, semeando o evangelho para colher os
“sinais do reino”.
Em português: http://paulus.pt/o-impacto-da-sociedade-em-rede-sobre-a-igreja-catolica
ou https://www.amazon.it/Impacto-sociedade-Igreja-Católica-Portuguese-ebook/dp/B00AND5HXE/ref=sr_1_9?ie=UTF8&qid=1501167298&sr=8-9&keywords=darlei+zanon
Em italiano: https://www.sanpaolostore.it/chiesa-societa-in-rete-elementi-per-cyberecclesiologia-darlei-zanon-9788821578267.aspx
ou https://www.amazon.it/Chiesa-società-rete-Elementi-cyberecclesiologia/dp/8821578267/ref=sr_1_2?ie=UTF8&qid=1501167298&sr=8-2&keywords=darlei+zanon
Em espanhol: https://www.amazon.it/impacto-sociedad-Católica-Elementos-cibereclesiolog%C3%ADa-ebook/dp/B00MYLBYVC/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1501167298&sr=8-1&keywords=darlei+zanon
Comentários