Estamos no tempo da Quaresma. Ao longo dos quarenta dias que antecedem o tríduo pascal, a liturgia apresenta-nos textos muito belos e ricos, que enfatizam principalmente a penitência, a oração e a conversão.
De facto, este é um tempo privilegiado para o exame de consciência, para uma meditação profunda sobre a nossa vida, as nossas acções, o nosso modo de ser cristão. Quaresma é um termo que vem do latim e significa quadragésima, em referência aos dias de preparação para a Páscoa. Este período de preparação é vivido pela Igreja desde o século IV, ou antes se pensarmos que já no século II havia um tríduo com jejum e orações antes da festa maior da fé cristã, a Paixão e Ressurreição de Cristo.
Nesta época eram comuns a penitência pública, como gesto de verdadeiro arrependimento e conversão, e o canecumenato (preparação para o Baptismo). O Concílio Vaticano II resgatou a vivência do canecumenato, com um programa que envolve os cinco domingos da Quaresma. Assim, a eleição dos catecúmenos para a fase da "iluminação" é feita no primeiro domingo, entrando os "eleitos" em clima de retiro, marcado nas semanas seguintes pelos "escrutínios" com as "tradições" (entregas) do Símbolo da Fé (Credo) e da Oração Dominical (Pai Nosso), que acabam por fazer seus. Na vigília pascal todos professam a fé cristã e recebem o Baptismo.
Segundo os Santos Padres, a Quaresma é um período de renovação espiritual, de vida cristã mais intensa e de destruição do pecado, para uma ressurreição espiritual que marca na Páscoa o reinício de uma vida nova em Cristo ressuscitado. É o momento em que todos os cristãos devem pensar no seu discipulado, na maneira como seguem o ensinamento de Cristo, sempre em vista de uma conversão constante.
O número 40 é bastante significativo e simbólico. O 4 representa na Bíblia o universo material, o mundo, e o 0 refere-se à vida terrena, com as suas provações e dificuldades. Quarenta dias foi o tempo que durou o dilúvio; quarenta anos o povo hebreu andou pelo deserto em busca da terra prometida; quarenta dias Elias e Moisés estiveram em preparação no deserto antes de realizarem a missão confiada a cada um por Deus; enfim, quarenta dias é o tempo que Jesus foi tentado no deserto.
Quarenta dias é o tempo que agora cada um de nós tem para enfrentar o seu próprio deserto, para fazer a sua caminhada de libertação e conversão, para encontrar Deus e ouvir a missão que Ele nos reserva. Quarenta dias é o tempo que temos para fazer jejum e penitência, é a oportunidade de reflectirmos sobre a nossa caminhada cristã, de prepararmos o nosso coração para o mistério da fé, para acolhermos a ressurreição de Cristo e promovermos a nossa transformação interior. A Quaresma é exactamente a possibilidade de crescermos na fé, de nos aproximarmos de Deus e das pessoas, através da oração, da abstinência e da caridade.
Recebemos neste tempo um convite de Deus para acompanharmos o Seu Filho que sofre. É no tempo de sofrimento e de dor que se manifestam as principais virtudes e surgem os maiores gestos de solidariedade. Na tentação, mostramos a nossa força; no deserto, mostramos a nossa fé verdadeira. Não recusemos este convite que Deus nos faz. Vamos procurar viver bem o tempo da Quaresma, com um propósito, com um programa de jejum e de caridade.
As obras de misericórdia podem ser o nosso guia nesta caminhada pelo deserto. Por isso, recordemo-las: Corporais: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, assistir aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. Espirituais: dar bom conselho, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo, rogar a Deus por vivos e defuntos.
De facto, este é um tempo privilegiado para o exame de consciência, para uma meditação profunda sobre a nossa vida, as nossas acções, o nosso modo de ser cristão. Quaresma é um termo que vem do latim e significa quadragésima, em referência aos dias de preparação para a Páscoa. Este período de preparação é vivido pela Igreja desde o século IV, ou antes se pensarmos que já no século II havia um tríduo com jejum e orações antes da festa maior da fé cristã, a Paixão e Ressurreição de Cristo.
Nesta época eram comuns a penitência pública, como gesto de verdadeiro arrependimento e conversão, e o canecumenato (preparação para o Baptismo). O Concílio Vaticano II resgatou a vivência do canecumenato, com um programa que envolve os cinco domingos da Quaresma. Assim, a eleição dos catecúmenos para a fase da "iluminação" é feita no primeiro domingo, entrando os "eleitos" em clima de retiro, marcado nas semanas seguintes pelos "escrutínios" com as "tradições" (entregas) do Símbolo da Fé (Credo) e da Oração Dominical (Pai Nosso), que acabam por fazer seus. Na vigília pascal todos professam a fé cristã e recebem o Baptismo.
Segundo os Santos Padres, a Quaresma é um período de renovação espiritual, de vida cristã mais intensa e de destruição do pecado, para uma ressurreição espiritual que marca na Páscoa o reinício de uma vida nova em Cristo ressuscitado. É o momento em que todos os cristãos devem pensar no seu discipulado, na maneira como seguem o ensinamento de Cristo, sempre em vista de uma conversão constante.
O número 40 é bastante significativo e simbólico. O 4 representa na Bíblia o universo material, o mundo, e o 0 refere-se à vida terrena, com as suas provações e dificuldades. Quarenta dias foi o tempo que durou o dilúvio; quarenta anos o povo hebreu andou pelo deserto em busca da terra prometida; quarenta dias Elias e Moisés estiveram em preparação no deserto antes de realizarem a missão confiada a cada um por Deus; enfim, quarenta dias é o tempo que Jesus foi tentado no deserto.
Quarenta dias é o tempo que agora cada um de nós tem para enfrentar o seu próprio deserto, para fazer a sua caminhada de libertação e conversão, para encontrar Deus e ouvir a missão que Ele nos reserva. Quarenta dias é o tempo que temos para fazer jejum e penitência, é a oportunidade de reflectirmos sobre a nossa caminhada cristã, de prepararmos o nosso coração para o mistério da fé, para acolhermos a ressurreição de Cristo e promovermos a nossa transformação interior. A Quaresma é exactamente a possibilidade de crescermos na fé, de nos aproximarmos de Deus e das pessoas, através da oração, da abstinência e da caridade.
Recebemos neste tempo um convite de Deus para acompanharmos o Seu Filho que sofre. É no tempo de sofrimento e de dor que se manifestam as principais virtudes e surgem os maiores gestos de solidariedade. Na tentação, mostramos a nossa força; no deserto, mostramos a nossa fé verdadeira. Não recusemos este convite que Deus nos faz. Vamos procurar viver bem o tempo da Quaresma, com um propósito, com um programa de jejum e de caridade.
As obras de misericórdia podem ser o nosso guia nesta caminhada pelo deserto. Por isso, recordemo-las: Corporais: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, assistir aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. Espirituais: dar bom conselho, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo, rogar a Deus por vivos e defuntos.
Comentários