Caros ouvintes, bem vindos ao “meditar a palavra”. Neste 13º domingo do tempo comum, as leituras convidam-nos a reflectir sobre o tema do seguimento.
Logo na primeira leitura, do livro dos Reis, vemos narrada a unção do profeta Eliseu. Enviado por Deus, Elias vai a procura de Eliseu e passa sobre ele o seu manto, num sinal de escolha e unção. O manto é o símbolo da actividade profética, que é empenhativa, exigente e deve estar acima da família, dos bens e do trabalho. Eliseu mostra-se totalmente disponível a este chamamento e logo se põe a caminho, respondendo com firmeza e sem hesitação, diferente de Moisés e Jeremias, por exemplo. Uma nota interessante deste texto é que o chamamento de Eliseu acontece no quotidiano, enquanto arava o campo, e não do templo ou durante uma cerimónia religiosa. Isso é muito significativo para nós hoje, pois mostra que todos nós devemos estar atentos aos sinais que Deus nos dá no nosso quotidiano. A nossa vocação é revelada nas actividades diárias que desempenhamos, especialmente na vida profissional. É ali que mostramos se somos verdadeiros seguidores de Cristo ou não.
Mas cada um pode manifestar este seguimento de modo diferente, pois uma das maiores riquezas da nossa fé é a liberdade trazida por Cristo. Este é o tema da carta aos Gálatas, um grande hino à liberdade trazida por Cristo. No excerto lido hoje vemos muito claramente que o cristão é chamado à liberdade, o que é muito diferente da libertinagem, como o próprio Paulo explica. A liberdade exige responsabilidade e coerência, com compromisso, a exemplo dos Apóstolos e do profeta Eliseu. A vida cristã é um chamado à liberdade. Libertos por Cristo, não podemos mais nos sujeitar a escravidão alguma, e isso inclui principalmente as escravidões contemporâneas como o consumismo, o egoísmo, os falsos valores da sociedade laicizada etc. A verdadeira liberdade, a liberdade madura, é aquela que nos põe a serviço dos outros na caridade, afirma Paulo. É “amar o próximo como a si mesmo”. Os frutos desta liberdade guiada pelo espírito do amor são muito conhecidos: serviço, alegria, fé, bondade, paz e assim por diante, como vemos em Gálatas 5,22.
A liberdade está estreitamente ligada ao discipulado, ou seguimento, que aparece nas três leituras deste domingo, e de modo especial no evangelho. Lucas narra o início da longa caminhada para Jerusalém, que vai tomar os 10 capítulos seguintes do seu evangelho.
No trecho lido hoje vemos duas partes distintas e significativas. Na primeira, Jesus manda alguns discípulos a um povoado samaritano a fim de ali conseguirem hospedagem. Os samaritanos eram grandes rivais dos judeus. Eram considerados impuros e por isso os judeus evitavam relacionar-se com eles. Jesus elimina qualquer preconceito racial e quer hospedar-se no meio deles. Os samaritanos, porém, negam hospedagem, o que era uma ofensa muito grande naquele período. Isso justifica a ira e o desejo de vingança de Tiago e João, que pensam mesmo em destruir a aldeia. Novamente Jesus mostra a sua pedagogia do amor e repreende-os, mostrando que o desejo de vingança é pior do que negar hospedagem. Instrui assim sobre a tolerância religiosa e o respeito que cada um de nós também deve ter com os irmãos que professam outros credos e têm outra cultura. Recordemos que a Samaria é a primeira região a receber o evangelho após o Pentecostes.
A segunda parte do evangelho deste domingo apresenta uma série de diálogos de Jesus com diferentes discípulos. A todos eles, Jesus faz o convite para o seguimento, exigindo dedicação plena, renúncia e disponibilidade. O seguimento é exigente, comprometedor, integral e deve estar sempre em primeiro lugar. Todos os interlocutores que se encontram com Jesus pelo caminho são convidados a escolher entre estar com Jesus ou ser contra Ele. Não sabemos a resposta dos discípulos questionados por Jesus neste domingo, se aceitam segui-lo ou não. Isso mostra que Jesus convida, provoca, mas a resposta é pessoal. Cada um escolhe o próprio caminho. Como afirmou o Papa Bento XVI na sua visita a Portugal, Cristo e a Igreja não impõe nada, apenas propõe e todos somos livres para seguir ou não.
No conjunto da liturgia deste domingo vemos que seguir Jesus não é fácil, mas é um caminho recompensador. As leituras mostram que devemos olhar sempre para a frente e não para trás. Olhar sempre com esperança e não com saudade, pois o que está por vir é sempre maior do que o que já foi feito.
Logo na primeira leitura, do livro dos Reis, vemos narrada a unção do profeta Eliseu. Enviado por Deus, Elias vai a procura de Eliseu e passa sobre ele o seu manto, num sinal de escolha e unção. O manto é o símbolo da actividade profética, que é empenhativa, exigente e deve estar acima da família, dos bens e do trabalho. Eliseu mostra-se totalmente disponível a este chamamento e logo se põe a caminho, respondendo com firmeza e sem hesitação, diferente de Moisés e Jeremias, por exemplo. Uma nota interessante deste texto é que o chamamento de Eliseu acontece no quotidiano, enquanto arava o campo, e não do templo ou durante uma cerimónia religiosa. Isso é muito significativo para nós hoje, pois mostra que todos nós devemos estar atentos aos sinais que Deus nos dá no nosso quotidiano. A nossa vocação é revelada nas actividades diárias que desempenhamos, especialmente na vida profissional. É ali que mostramos se somos verdadeiros seguidores de Cristo ou não.
Mas cada um pode manifestar este seguimento de modo diferente, pois uma das maiores riquezas da nossa fé é a liberdade trazida por Cristo. Este é o tema da carta aos Gálatas, um grande hino à liberdade trazida por Cristo. No excerto lido hoje vemos muito claramente que o cristão é chamado à liberdade, o que é muito diferente da libertinagem, como o próprio Paulo explica. A liberdade exige responsabilidade e coerência, com compromisso, a exemplo dos Apóstolos e do profeta Eliseu. A vida cristã é um chamado à liberdade. Libertos por Cristo, não podemos mais nos sujeitar a escravidão alguma, e isso inclui principalmente as escravidões contemporâneas como o consumismo, o egoísmo, os falsos valores da sociedade laicizada etc. A verdadeira liberdade, a liberdade madura, é aquela que nos põe a serviço dos outros na caridade, afirma Paulo. É “amar o próximo como a si mesmo”. Os frutos desta liberdade guiada pelo espírito do amor são muito conhecidos: serviço, alegria, fé, bondade, paz e assim por diante, como vemos em Gálatas 5,22.
A liberdade está estreitamente ligada ao discipulado, ou seguimento, que aparece nas três leituras deste domingo, e de modo especial no evangelho. Lucas narra o início da longa caminhada para Jerusalém, que vai tomar os 10 capítulos seguintes do seu evangelho.
No trecho lido hoje vemos duas partes distintas e significativas. Na primeira, Jesus manda alguns discípulos a um povoado samaritano a fim de ali conseguirem hospedagem. Os samaritanos eram grandes rivais dos judeus. Eram considerados impuros e por isso os judeus evitavam relacionar-se com eles. Jesus elimina qualquer preconceito racial e quer hospedar-se no meio deles. Os samaritanos, porém, negam hospedagem, o que era uma ofensa muito grande naquele período. Isso justifica a ira e o desejo de vingança de Tiago e João, que pensam mesmo em destruir a aldeia. Novamente Jesus mostra a sua pedagogia do amor e repreende-os, mostrando que o desejo de vingança é pior do que negar hospedagem. Instrui assim sobre a tolerância religiosa e o respeito que cada um de nós também deve ter com os irmãos que professam outros credos e têm outra cultura. Recordemos que a Samaria é a primeira região a receber o evangelho após o Pentecostes.
A segunda parte do evangelho deste domingo apresenta uma série de diálogos de Jesus com diferentes discípulos. A todos eles, Jesus faz o convite para o seguimento, exigindo dedicação plena, renúncia e disponibilidade. O seguimento é exigente, comprometedor, integral e deve estar sempre em primeiro lugar. Todos os interlocutores que se encontram com Jesus pelo caminho são convidados a escolher entre estar com Jesus ou ser contra Ele. Não sabemos a resposta dos discípulos questionados por Jesus neste domingo, se aceitam segui-lo ou não. Isso mostra que Jesus convida, provoca, mas a resposta é pessoal. Cada um escolhe o próprio caminho. Como afirmou o Papa Bento XVI na sua visita a Portugal, Cristo e a Igreja não impõe nada, apenas propõe e todos somos livres para seguir ou não.
No conjunto da liturgia deste domingo vemos que seguir Jesus não é fácil, mas é um caminho recompensador. As leituras mostram que devemos olhar sempre para a frente e não para trás. Olhar sempre com esperança e não com saudade, pois o que está por vir é sempre maior do que o que já foi feito.
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