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A mostrar mensagens de abril, 2009

3a semana da pascoa

No terceiro domingo da Páscoa o tema central da liturgia continua a ser a ressurreição de Cristo, mas esta semana com uma perspectiva bastante específica: a mudança de vida e de atitude que deve surgir a partir da ressurreição de Cristo. No evangelho vemos Lucas a narrar mais uma aparição de Cristo ressuscitado. Este trecho é imediatamente posterior à narração dos discípulos de Emaús e descreve o encontro de Jesus com toda a comunidade reunida. Isso significa que não apenas os discípulos e apóstolos tem contacto directo com o ressuscitado, mas toda a comunidade dos que crêem. Inclusive a nossa comunidade hoje. Enquanto os discípulos de Emaus falam aos demais o que se passou no caminho, Jesus aparece no meio deles e deseja a paz. A narração de Lucas procura responder à dificuldade da comunidade em crer e entender a ressurreição dos mortos. Certamente esta dúvida ainda existe nas nossas comunidades, por isso é importante meditar bem este texto. Cristo ressuscitado não é um fantasma, ele

RENASCER EM CRISTO!

Cristo ressuscitou, aleluia! Alegremo-nos com a vitória da vida sobre a morte, do amor sobre o ódio, da alegria sobre a dor... Alegremo-nos com Cristo, que nos mostrou um novo horizonte a vislumbrar, o horizonte da vida eterna. A sua ressurreição deu um novo sentido à vida humana, aproximando ainda mais o humano do divino e vice-versa. Exactamente por isso, a Páscoa tornou-se a principal festa cristã, evento central da fé e do calendário litúrgico. A celebração da Páscoa, porém, vem de muitos séculos antes de Cristo. O termo deriva da palavra hebraica Pessach, que significa “passagem”. Os pagãos celebravam com uma grande festa, com muita bebida e comida a passagem do Inverno para a Primavera, os primeiros frutos da terra e a vida da família e dos rebanhos. Os judeus também celebram a Pessach desde muitos séculos. No capítulo 12 do livro do Êxodo temos a narração da origem da Páscoa Judaica: antes de enviar a 10.ª praga ao Egipto, Deus chamou todas as família hebreias a sacrificar um co

É tempo de oração e caridade!

Estamos no tempo da Quaresma. Ao longo dos quarenta dias que antecedem o tríduo pascal, a liturgia apresenta-nos textos muito belos e ricos, que enfatizam principalmente a penitência, a oração e a conversão. De facto, este é um tempo privilegiado para o exame de consciência, para uma meditação profunda sobre a nossa vida, as nossas acções, o nosso modo de ser cristão. Quaresma é um termo que vem do latim e significa quadragésima, em referência aos dias de preparação para a Páscoa. Este período de preparação é vivido pela Igreja desde o século IV, ou antes se pensarmos que já no século II havia um tríduo com jejum e orações antes da festa maior da fé cristã, a Paixão e Ressurreição de Cristo. Nesta época eram comuns a penitência pública, como gesto de verdadeiro arrependimento e conversão, e o canecumenato (preparação para o Baptismo). O Concílio Vaticano II resgatou a vivência do canecumenato, com um programa que envolve os cinco domingos da Quaresma. Assim, a eleição dos catecúmenos p