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Comentário Liturgia do 28º domingo comum – 12 de Outubro

Olá, estimado ouvinte, bem-vindos ao meditar a palavra. Neste vigésimo oitavo domingo do tempo comum, a liturgia reserva-nos um importante ensinamento sobre o reino de Deus, e sobre a vocação universal ao reino.
Tanto o evangelho como a primeira leitura apresentam-nos o Reino como um banquete, uma grande festa para a qual todos são convidados. Mas preste muita atenção nas leituras. Pois apesar de todos serem convidados a este banquete, nem todos participam, nem todos são escolhidos.
O evangelho deste domingo dá continuidade ao meditado na semana passada: o senhor que arrenda suas vinhas para maus empregados. A temática de fundo é a mesma: os chamados para o reino; e especialmente a diferença de atitude dos judeus versus os pagãos, ou seja, os preferidos que rejeitam o convite e os excluídos que aceitam e herdaram o reino. A parábola é bastante clara. Mostra que Deus é o rei que convida para a festa de casamento do seu Filho, Jesus Cristo, que é o esposo da nova humanidade e esposo da igreja. Deus convida inicialmente o povo eleito, os judeus, para participar do reino. Eles são os nobres, os convidados especiais, mas rejeitam. O convite é feito novamente, agora a todos os povos: aos excluídos, aos pobres, aos que viviam perdidos, sem esperança. Estes não hesitam em dizer sim, em tomar parte no grande banquete. Todos querem participar desta alegria. O reino se torna universal, todos os povos se unem e tornam-se irmãos.
Aqui vemos reflectida a imagem da Igreja. A igreja universal é constituída por diversas pessoas, é constituída por bons e maus, por puros e impuros, por santos e pecadores. Todos são chamados. As pessoas de todas as origens e lugares são chamadas. Mas há uma exigência. Apesar de todos serem convidados, nem todos são escolhidos, pois não basta o convite, é preciso uma resposta. Além dos que rejeitam o convite desde o início e por isso não merecem mais participar do banquete, há os que não se preparam adequadamente. A fé é a resposta ao chamado de Deus. Manifestamos a nossa fé através das nossas atitudes, da nossa mentalidade e acções. As “vestes nupciais” exigidas para participar da festa são na verdade a nossa disposição interior: coração puro, espírito alegre e fraternal, confiança em Deus. Devemos expressar as características dos bem-aventurados, que Mateus descreve no início de seu evangelho. Devemos manifestar a mesma confiança e atitude que Paulo expressa na segunda leitura: “tudo posso naquele que me conforta”. Em Deus, que nos fortalece e nos provê de todas as nossas necessidades, encontramos realização e alegria de viver. Os que não forem bem-aventurados e não manifestarem a confiança em Deus não poderão participar do banquete. Serão expulsos.
Não nos podemos esquecer, é claro, dos servos, que também são importantes no texto de hoje. Eles são os profetas e apóstolos que saem pelo mundo a anunciar o reino. Eles são todos os que hoje se envolvem com a evangelização e com obras de caridade. São todos os que procuram fazer a vontade de Deus e conduzir as pessoas ao reino.
Enfim, o questionamento que surge da liturgia deste domingo e deve fazer-nos meditar é: com quem nos identificamos? Com qual personagem da liturgia de hoje mais nos assemelhamos? Com os nobres que rejeitam o convite? Com os pobres e excluídos que o aceitam? Com o homem que não vestia o traje nupcial? Ou ainda com os servos que saem a convidar toda a gente?
Reflicta, e procura mudar o que for preciso para tomar parte no Reino de Deus, pois tu também foste convidado.

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