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Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2018

Onde está a minha alegria?

Aproximamo-nos da  celebração do Natal do Senhor, um tempo de grande festa e alegria. Nosso coração deve preparar-se para bem acolher o menino, e é exatamente isso o que a liturgia do Advento nos pede. Neste terceiro domingo do advento, somos convidados a meditar sobre duas perguntas fundamentais: onde está a nossa alegria? e: o que devo fazer? Somos convidados a manifestar a nossa alegria, pois Deus está conosco. Esta é a mensagem da primeira leitura, do livro de Sofonias. Se Deus está no meio do povo, não há o que temer, afirma o profeta. Deus enche-nos de júbilo e de alegria, pois nos renova com o seu amor. O texto que lemos de Sofonias é um trecho acrescentado no período do pós-exílio. Ao voltar da Babilónia, o povo estava muito feliz e sentia fortemente a presença de Deus no seu meio. Foi Deus quem os libertou e possibilitou o início de um novo tempo. O natal é também o símbolo de um recomeço, sinal de que Deus está no mundo, age no mundo, está entre nós, e quer construir

Interconectividade na migração

Vivendo em Roma nos últimos três anos, pude acompanhar de perto a dolorosa saga de milhares de imigrantes e refugiados, que chegam quase diariamente na Europa em busca de uma vida nova. Em geral fogem de guerras, de perseguições étnicas e religiosas, da pobreza extrema, da fome, do abandono humanitário, arriscando a própria vida numa viagem cheia de esperanças, mas com pouquíssimas garantias. Ao chegar na Europa – e o mesmo acontece em todas as outras realidades, como nos EUA ou no Brasil –, são hostilizados, repudiados, oprimidos, vítimas de muitos preconceitos e  fake news .  Um dos pontos de maior crítica surge ao fato de que, se são “refugiados”, não poderiam trazer consigo um smartphone, muitas vezes de última tecnologia. E aqui entramos no nosso tema. O que você pensaria ao ver um migrante com um iPhone na mão, por exemplo? Provavelmente a primeira reação seria afirmar que ele é um oportunista, que não precisa da mesma assistência ou caridade da maioria dos migrantes. Mas i

Superar a rotina!

Chegámos ao final de mais um ano. Muitas vezes, somos envolvidos pela rotina e nem vemos o tempo passa. Temos a sensação de que só coisas regulares ocorrem na nossa vida. Entretanto, tenho a certeza de que ao longo deste ano muitas coisas boas aconteceram e encheram a sua vida de sentido. Tantos aniversários, jubileus, festas, pessoas que conheceu ou encontrou. Talvez algum casamento na família, o nascimento de um bebé, um batismo ou uma primeira comunhão. Enfim, se fizermos um esforço de memória certamente recordaremos de imensos momentos fortes e felizes ao longo deste ano.  O mesmo sucede com a liturgia e a vivência da fé. Ao longo do Ano Litúrgico, por vezes temos a sensação de entrar em uma rotina, uma repetição de ritos e fórmulas. Muitas pessoas dizem que não vão com frequência à igreja porque é monótono, ou enfadonho. Uma coisa é certa, se a missa ou a oração é triste ou lhe aborrece, alguma coisa está errada... com a celebração ou no seu interior. Se não encontro senti