Ganhei este livro há muitos anos, já nem lembro ao certo quando e de quem. Certamente um presente de algum amigo (ou amiga) que sabe do meu gosto por García Márquez, autor que me cativou a partir da primeira linha que li sem ainda saber que foi um exímio jornalista antes mesmo de ser escritor de romances. Li muitos dos seus livros durante os anos da adolescência, mas por acaso do destino e as armadilhas do tempo fui mudando de rota e García Márquez foi sendo abandonado pelo caminho. “Viver para contar” era um único resquício, como âncora que me mantinha ligado ao autor. Sabia que um dia o leria, mas o fui negligenciando. Estava quase esquecido entre tantos outros grandes livros à espera de um dia serem convocados. Mas algo me dizia que a sua hora ia chegar. Foi por isso que não o pude deixar no Brasil, e assim ele me acompanhou na mudança para Portugal. Sete anos na terra de Camões e Pessoa, e nada de reabilitar Gabo. “Viver para contar” continuava semi-esquecido. Mas algo continuava
Um pouco de poesia, de motivação, de espiritualidade, de arte, de comunicação...