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Do descarte ao acolhimento

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Semente do futuro

  O Papa Francisco já está em Lisboa com milhares de jovens do mundo todo. A Jornada Mundial da Juventude é o maior evento da Igreja Católica e certamente um dos maiores eventos mundiais, juntando uma multidão de jovens e adultos que procuram descontração, mas acima de tudo uma experiência de comunhão e fé. De diversas partes do planeta, todos unidos em Lisboa para viver na prática a cultura do encontro que o Papa tanto insiste e promove. O tradicional vídeo do mês com a intenção de oração do Papa não podia deixar de enfocar este tema. E com uma inovação significativa. No vídeo deste mês, Francisco respondeu a algumas perguntas de jovens que se preparavam para ir a Portugal. Três perguntas, para ser exato. E perguntas muito inquietantes e provocativas, que fazem parte do imaginário de tantos outros jovens: 1. A Igreja é coisa de velhos? 2. Por que escolheu como lema desta JMJ “Maria levantou-se e partiu apressadamente”? 3. O que espera desta JMJ de Lisboa? As respostas do Papa são, com

Eucaristia, centro da vida cristã

  O Catecismo da Igreja Católica (n. 1324), retomando a constituição dogmática  Lumen Gentium  (n. 11), do Concílio Vaticano II, declara que “a Eucaristia é fonte e cume de toda a vida cristã”. Este foi inclusive o tema da XI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizado em 2005, dois anos após a publicação da encíclica do Papa João Paulo II sobre a Igreja que vive da Eucaristia ( Ecclesia de Eucharistia ). Naquela ocasião, a Igreja refletiu sobre a Eucaristia como fonte e ápice da vida e da missão da Igreja, sacramento da nova aliança, dom a ser descoberto constantemente, mistério de fé proclamado.  É inegável, portanto, a centralidade da Eucaristia na vida da Igreja. Para reforçar essa certeza, o Papa Francisco dedicou seu vídeo do mês exatamente a esse sacramento, convidando-nos a rezar “para que os católicos ponham no centro de suas vidas a celebração da Eucaristia, que transforma as relações humanas e abre ao encontro com Deus e com os irmãos”. O Papa sublinhou que na

Pelo fim da tortura

  Quando penso em tortura, a primeira imagem que me vem em mente são cenas relacionadas à Inquisição, uma chaga na história tantas vezes mencionada pelos que querem atacar a fé e a Igreja. Em diversas cidades da Europa, por sinal, é comum encontrarmos “museus da tortura”, que recordam tal período. Mais do que expor objetos, esses museus têm uma função social, alertando para tais práticas cruéis e ajudando-nos a refletir sobre os males e consequências negativas que aquela realidade provocou na história.  Mas ao mesmo tempo que visualizo mentalmente as cenas da Inquisição, recordo também de tantos relatos relacionados à ditadura no Brasil e em diversos outros países, tanto do passado quanto do presente. Inúmeros grupos continuam exigindo explicações e respostas das autoridades sobre males cometidos por tais regimes totalitários. Todos certamente já ouvimos falar do movimento “Tortura nunca mais”, ou das “Mães da praça de maio”, para recordar a terra natal do Papa Francisco. Na luta contr

Maio, mês de Maria!

  Maio é o mês tradicionalmente dedicado a Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe. Maria era filha de Joaquim e Ana, prometida em casamento a José. À primeira vista uma mulher comum, como qualquer outra do seu tempo. Seguidora dos mandamentos bíblicos e dotada de diversas qualidades. Fiel às tradições judaicas, fiel ao seu tempo e à sua cultura. No entanto, certo dia esta adolescente moradora de Nazaré recebe a visita de um anjo (cf. Lc 1,26-33) e tudo muda: na sua vida e na própria história da humanidade. Uma nova criação era anunciada, um novo futuro traçado. Através da sua resposta – «Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra» ( Lc 1, 38) – Maria diz sim ao projeto proposto por Deus, para ela própria e para a humanidade. O seu “sim” marca o início de um novo tempo e da admiração e carinho de todos os que com ela conviverem. Desse modo se inicia a participação de Maria no plano salvífico de Deus.  A menina simples de Nazaré tornou-se modelo de fé, de doação, de seguimento

Carismas a serviço da Igreja

Maio é o mês mariano por excelência. Nossa atenção está voltada sobretudo para a Mãe e Rainha, sinal de acolhida, de encontro, de fé e de amor. Entretanto neste mês de Maria o Papa Francisco também nos convida a direcionar nossa atenção e orações para os diversos movimentos e grupos eclesiais, que simbolicamente podem ser vistos como este grande manto de Maria que, em nome do Filho Jesus, se abre para acolher, proteger e unir todos seus filhos. A intenção de oração de maio, apresentada pelo Papa Francisco no seu recente vídeo do mês, convida-nos a rezar “ para que os movimentos e grupos eclesiais redescubram cada dia a sua missão evangelizadora, pondo os próprios carismas a serviço das necessidades do mundo ”. “ A serviço ”, enfatiza o Papa. De fato, cada movimento é independente, mas estão todos a serviço da Igreja, ou seja, devem trabalhar em harmonia e unidade com os bispos e as paróquias. É essa característica de serviço que mantém o dinamismo da missão dos movimentos eclesiais, qu

Tolerância zero

Iniciamos há pouco a Quaresma, tempo muito significativo e profundo, que nos convida à meditação da Palavra, à oração, ao silêncio, ao jejum e à abstinência. É tempo de preparação e de reflexão, tempo propício para acompanharmos a vida de Cristo e toda sua trajetória de doação e amor. Tempo sobretudo de penitência, purificação e conversão. Provavelmente por isso o Papa Francisco é muito direto e contundente na sua intenção de oração deste mês de março, divulgada através do seu tradicional   vídeo do mês . Uma vez mais o Papa toca em uma das chagas da Igreja – o problema dos abusos –, mostrando que não tem medo de falar sobre assuntos delicados. O enfoque central são os abusos contra menores, mas a sua mensagem alerta contra qualquer tipo de abuso exercido pelos membros da Igreja: abuso de autoridade, de abuso de poder, abuso econômico, abuso sexual, abusos físicos e psicológicos. Mais precisamente, o Papa pede para que “ rezemos por quantos sofrem por causa do mal cometido por parte de